Saúde

SES quer diminuir casos de dengue no Agreste

Foto: Reprodução

A região do Agreste que compreende a IV Gerência Regional de Saúde (Geres), com sede em Caruaru, está no terceiro lugar no ranking de notificações de dengue. Até o dia 07 de Abril, foram 2.324 casos notificados, sendo que 168 foram confirmados como dengue clássica e 4 como grave (com complicação ou hemorrágica). De acordo com a coordenação do Programa de Dengue da Secretaria Estadual de Saúde (SES), entre os problemas para o número de casos, está a falta de preparo dos agentes de saúde ambiental e o uso irracional do larvicida.

Para tratar esse assunto e otimizar as ações de controle do mosquito Aedes Aegypti na região, os supervisores e coordenadores dos programas de dengue dos 32 municípios da IV Geres serão capacitados, desta segunda (23) até a sexta (27), no Aymara Hotel Fazenda, no Cabo de Santo Agostinho. “Os municípios precisam estar preparados para enfrentar uma situação de risco. Eles precisam fazer o bloqueio do mosquito logo no início e, para isso, é preciso traçar uma estratégia de trabalho. A única forma de evitar a doença é conter o mosquito transmissor”, afirma a coordenadora do Programa da Dengue da SES, Claudenice Pontes.

De acordo com a coordenadora, os municípios precisam fazer o mapeamento das áreas com a maior concentração de casos. A partir disso, iniciar atividades de campo com os agentes de saúde ambiental para eliminar os focos do mosquito.

Sobre o uso do larvicida, Claudenice Pontes lembra que, a partir deste ano, está sendo usado o Novaluron, ao invés do Themefós, que estava apresentando casos de resistência. “Detectamos que alguns municípios estão fazendo o uso irracional do larvicida. Há uma localidade que deveria usar 14 litros do produto em dois meses. Em um único mês, foram utilizados 28 litros”, revela.

“Os agentes de saúde ambiental precisam colocar a quantidade certa do larvicida, para evitar gastos financeiros e aumentar as chances do mosquito ficar resistente do produto”, pontua. Além disso, segundo ela, os agentes precisam intensificar a comunicação e sensibilização junto ao público, explicando o que deve ser feito para evitar os focos da dengue. “A maioria dos focos do mosquito está nas residências. O auxílio da população é essencial para diminuir os índices da doença no Estado”, afirma.

DADOS – Até o dia 07 de Abril de 2012, no Estado, foram notificados 22.685 casos de dengue (confirmados 5.089, descartados 3.817), distribuídos em 169 municípios. Isso representa um aumento de 63,78% em relação ao mesmo período de 2011, que notificou 13.851 casos, confirmando 5.613 desses.

Considerando o índice de dengue por grupo de 100 mil habitantes, os dez municípios com maior taxa de notificação em 2012 são: Afogados da Ingazeira, São José do Egito, Jataúba, Itaquitinga, Fernando de Noronha, Condado, Carnaíba, Salgueiro, Iguaraci e Timbaúba.

Até agora, foram notificados 116 casos de dengue grave (com complicação ou hemorrágica), com 20 confirmações. Em 2011, foram 249 casos confirmados no mesmo período.

ÓBITOS – Em 2012, foram 22 óbitos notificados e 2 confirmados, em Jaboatão dos Guararapes e Olinda; 6 descartados e 14 em investigação. No mesmo período de 2011, houve a notificação de 23 óbitos suspeitos, sendo 14 confirmados.

 

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