Popularmente conhecida como “doença da urina preta”, a Síndrome de Haff é uma enfermidade que consiste em rabdomiólise – a degradação do tecido muscular que libera uma proteína prejudicial no sangue – sem explicação.
Popularmente conhecida como “doença da urina preta”, a Síndrome de Haff é uma enfermidade que consiste em rabdomiólise – a degradação do tecido muscular que libera uma proteína prejudicial no sangue – sem explicação.
A urina fica preta, daí o nome popular da doença, porque o rim tenta limpar as impurezas, o que causa uma lesão na musculatura.
Os sintomas costumam aparecer entre 2 e 24 horas após o consumo dos peixes ou crustáceos.
De acordo com o médico infectologista Filipe Prohaska, a doença tem esse nome devido a uma conjunção de sinais.
“O que chama atenção é que o peixe não foi guardado e acondicionado de maneira adequada. Com isso, ele cria uma toxina no interior que não tem nem odor nem sabor”, explica.
Espécie passíveis de desenvolver a toxina são o tambaqui, o badejo e a arabaiana – esta última a consumida pelas irmãs.
Ainda de acordo com o infectologista, hidratação é uma das formas de eliminar as toxinas do corpo.
“O rim perde a capacidade de retirar as proteínas do músculo e as toxinas do corpo. A hidratação é uma das formas para tratar. Nos casos graves, pode ser necessário fazer hemodiálise”, acrescenta.
A hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento dos sintomas, uma vez que assim é possível diminuir a concentração de toxina no sangue, o que favorece sua eliminação através da urina.
Prohaska ainda lembrou que a doença causa muitas dores musculares, por causa do ataque da toxina.
“Lembra muito a dengue, mas sem febre. Se você comer peixe e sentir dores musculares, urina escura, procure imediatamente uma unidade de saúde”, orienta.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), há cinco casos de Síndrome de Haff em investigação em Pernambuco, incluindo os dois das irmãs.
*Folha de PE