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Teste rápido diagnostica tuberculose em duas horas

Um teste inovador para a identificação rápida da tuberculose será oferecido no Sistema Único de Saúde até o segundo semestre do próximo ano. O GeneXpert – testado experimentalmente em Manaus (AM) e no Rio de Janeiro (RJ) – é capaz de diagnosticar a doença em duas horas e com risco mínimo de contaminação, uma vez que a análise é totalmente automatizada, sem a necessidade de manuseio das amostras pelo profissional de saúde responsável pelo exame. Além disso, o teste identifica – também de forma mais rápida e com maior precisão – resistência ou não à rifampicina, que é o antibiótico usado no tratamento da tuberculose, o que facilita a prescrição também mais ágil e correta do tratamento da doença.

“Quanto mais rápido é o diagnóstico da tuberculose, mais rápida também é a cura e menor é o risco de sequela ao paciente e de disseminação da doença”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O estudode implementação, aceitabilidade e custo-efetividade do uso do teste rápido para tuberculose é financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates, com investimento de 1,8 milhão de dólares. Depois de Manaus e do Rio de Janeiro – onde começou no último mês de fevereiro, com um total de 13.307 testes realizados – o projeto segue para as demais capitais do país.

Dos exames feitos em Manaus e no Rio, 14,2% deram positivos. A avaliação preliminar dos testes revelou que, além do diagnóstico mais rápido da doença, foram identificados – também mais rapidamente – casos de resistência à rifampicina e uma grande aceitabilidade do método pelos profissionais de saúde. No exame tradicional (a baciloscopia do escarro), o resultado leva 24 horas e outros 60 dias para a análise da cultura de identificação de micobactérias. “O GeneXpert é totalmente automatizado. É uma máquina que identifica fragmentos do DNA da micobactéria no escarro. Por isso, ele é bem mais seguro para o profissional de saúde”, destaca o ministro.SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE– No exame tradicional, são necessários 60 dias para realizar o cultivo da micobactéria e outros 42 dias para se obter o diagnóstico de especificidade e sensibilidade (à rifampicina), que não ultrapassam 60% de precisão. Com o novo teste, os índices de sensibilidade e especificidade chegam a 92,5% e 99%, respectivamente. “O que diminui radicalmente a possibilidade de um resultado falso positivo”, observa Alexandre Padilha.

Com o novo teste rápido de tuberculose, espera-se, portanto, o aumento dos percentuais de detecção segura da doença para o tratamento precoce, maior agilidade no diagnóstico da chamada “tuberculose resistente” e, consequentemente, a redução da morbidade e mortalidade pela doença.

CENÁRIO– Ano passado, o país registrou 71.337 casos de tuberculose. A publicação Saúde Brasil, apresentado pelo Ministério da Saúde na última semana, aponta uma queda média da taxa de incidência da tuberculose de 1,3% por ano, entre 2001 e 2011, totalizando uma taxa de 37,1/100 mil habitantes. Neste período, a quantidade aproximada de óbitos pela doença foi de 4,6 mil.

Aproximadamente 66% dos casos de tuberculose notificados em 2011 são do sexo masculino. A frequência é maior entre homens de 25 e 34 anos e a incidência é maior entre 45 a 54 anos. Para o sexo feminino, tanto a frequência quanto a incidência são maiores entre 25 e 34 anos.

RECONHECIMENTO– Ano passado, o Brasil conquistou o reconhecimento do Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo alcance antecipado do Objetivo do Milênio no controle da tuberculose. A meta estipulava a reversão da incidência e da mortalidade da doença até 2015, em comparação com os casos registrados em 1990. A OMS reconheceu que a meta foi atingida quatro anos antes do previsto, já que o país apresentou uma redução de 50% na taxa de mortalidade, segundo estimativas da própria Organização, e tendência de queda da taxa de incidência, na comparação de dados entre 1990 e 2011.

AÇÕES– Desde 2002, o investimento do Ministério da Saúde no controle da doença foi ampliado em 17 vezes. Há uma década, foram destinados 5,2 milhões de dólares para o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT). Em 2011, os recursos chegaram a 87,7 milhões de dólares.

Como a tuberculose atinge principalmente populações carentes, com dificuldade de acesso aos serviços de saúde e baixa prioridade para o desenvolvimento de novas tecnologias em saúde, o Ministério da Saúde buscou aproximar as ações estratégicas de maneira mais integrada a outros programas, como Saúde da Família. O PNCT também passou a incorporar o escopo do Plano Brasil Sem Miséria, que tem por objetivo alcançar as famílias extremamente pobres que não estão incluídas nos programas de transferência de renda, e viabilizar o acesso aos serviços públicos na área de educação, saúde, saneamento básico, assistência social, segurança alimentar, entre outros.

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Ministério da Saúde libera R$ 21,3 mi aos hospitais universitários

 

O Ministério da Saúde liberou R$ 21,3 milhões para três instituições que integram o Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários (REHUF). Do total, R$ 10,2 milhões serão destinados ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ) e R$ 7,7 milhões ao Hospital São Francisco de Assis (UFRJ). Os outros R$ 3,3 milhões são para o Hospital Onofre Lopes (UFRN).

O REHUF é um programa desenvolvido e financiado em parceria com o Ministério da Educação. Para as universidades contempladas, o valor corresponde a 60% do total destinado ao custeio dos serviços realizados pelos hospitais em 2012.

O financiamento do REHUF é dividido em três blocos: custeio; compra de equipamentos; e a realização de obras de reformas. Em 2012, o repasse global, somente para custeio, totalizará R$ 270 milhões. Deste montante, R$ 118,8 milhões já foram transferidos para 45 instituições de ensino.

No total, em 2012 os hospitais universitários contam com o volume de R$ 585 milhões — R$ 85 milhões a mais do que no ano passado. Além do recurso destinado ao custeio, o Ministério da Saúde totalizará, até o final do ano, o repasse de recursos para a realização de obras de reforma (R$ 180 milhões) e compra de equipamentos (R$ 135 milhões).

GERAL– Criado em 2010, o REHUF visa a melhoraria da gestão hospitalar para a qualificação da assistência, do ensino e da pesquisa. A compra de equipamentos e o financiamento de obras nas unidades são os focos dessa linha de financiamento. Em última instância, o REHUF contribui para a modernização dos hospitais e a melhoria das condições de ensino aos alunos da área da saúde.

O recurso do REHUF é adicional, complementando outras fontes de financiamento dos hospitais, dando apoio às atividades das unidades. Em 2011, o Ministério da Saúde repassou R$ 1,9 bilhão aos hospitais universitários. Destes, R$1,19 bilhão foram destinados à produção de serviços e outras modalidades de incentivos. O restante referia-se ao saldo REHUF de 2010 e ao REHUF 2011.

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