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Universidades suspendem aulas e expediente em PE por causa do protesto dos caminhoneiros

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Universidade de Pernambuco (UPE) suspenderam as aulas e o expediente administrativo a partir da noite desta quarta (23) até o meio-dia da quinta (24).

A suspensão foi motivada pelo terceiro dia seguido de protestos dos caminhoneiros contra o aumento do preço do diesel, mobilização nacional que afetou o abastecimento de combustível no estado e reduziu o número de viagens de ônibus no Grande Recife.

Por meio de nota, a Reitoria da UFPE informou que as aulas e o expediente administrativo foram suspensos nos três campi da instituição: no Recife; em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Norte; e em Caruaru, no Agreste.

A gestão da universidade afirmou que “os serviços essenciais devem ser mantidos” e outro pronunciamento vai ser emitido na quinta (24), informando sobre os turnos da tarde e da noite.

A UFRPE suspendeu as atividades desde as 18h desta quarta no Recife, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana; em Garanhuns, no Agreste; e no Colégio Dom Agostinho Ikas (Codai), em São Lourenço da Mata, também no Grande Recife.

As atividades retornam ao meio-dia da quinta (24). Na Unidade Acadêmica de Serra Talhada da UFRPE, as atividades ficam suspensas durante toda a quinta. A previsão é que as atividades sejam retomadas na sexta (25).

A UPE também suspendeu as atividades acadêmicas e administrativas de todos os seus 15 campi. Apesar disso, as atividades assistenciais das unidades do Complexo Hospitalar da UPE, composto pelo Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (Procape) e Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), estão mantidas.

Caso haja redução do número de servidores disponíveis nos atendimentos, segundo a universidade, serão priorizados os casos com gravidade clínica e situações emergenciais.

No Recife, os alunos da Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambucano, na unidade Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, no Centro da cidade, foram liberados antecipadamente pela gestão escolar nesta quarta (23).

Em nota, a Secretaria de Educação de Pernambuco explicou que a gestão achou necessário tomar essa medida devido à redução do número de viagens de ônibus no Grande Recife, mas as aulas seguem normais nesta quinta (24).

Também por meio de nota, o governo de Pernambuco informou que “está em reunião permanente com o objetivo de reagir de forma ágil e planejada para assegurar a manutenção da ordem e dos serviços públicos essenciais”. No texto, a administração estadual lembrou que “a solução para esse impasse, que está levando todo o Brasil ao colapso, está nas mãos do governo federal”.

Igualmente através de nota, a Polícia Militar informou que “a prestação de serviços de segurança não sofrerá qualquer tipo de perda ou interrupção em relação ao policiamento ostensivo motorizado, o qual está sendo realizado em sua plenitude”.

A PM também afirmou que “foi traçado um plano logístico alternativo para o abastecimento das viaturas, de maneira a assegurar a presença nas ruas dos policiais, na garantia da segurança dos cidadãos pernambucanos”.

Protesto dos caminhoneiros

A mobilização dos caminhoneiros, que ocorre desde segunda (21), é nacional. A categoria protesta contra o aumento do preço do diesel. A paralisação e os bloqueios realizados fizeram com que o preço do litro da gasolina chegasse a ser vendido a R$ 8,99 nesta quarta (23), no Recife. Alguns postos na Região Metropolitana fecharam por falta de combustíveis para revenda.

Nos postos que continuam abertos na capital e no Grande Recife, motoristas formaram filas para abastecer que invadiram faixas de ruas e avenidas, complicando o trânsito. O Porto de Suape teve a operação comprometida e o número de viagens realizadas pelos ônibus na Região Metropolitana foi reduzido em 8% desde a manhã desta quarta.

Um relatório da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) apontou que o Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes/Gilberto Freyre, na Zona Sul da capital pernambucana, tem combustível suficiente para abastecer as aeronaves até esta quarta (23). A mesma situação ocorre nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Palmas (Tocantins), Maceió (Alagoas) e Aracaju (Sergipe).

A não distribuição de combustível também afeta a operação dos Correios, que suspenderam as postagens com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Por meio de nota, a empresa informou, ainda, que a paralisação “tem gerado forte impacto às operações da empresa em todo o país”. Os serviços Sedex e PAC, bem como o de correspondências, também sofrem com acréscimo de dias do prazo de entrega estipulado.
*G1PE

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