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Vingança pode ter motivado execução no Espinheiro

A execução de um ho­­­mem em plena luz do dia assustou moradores e comerciantes do bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife. Ismael Valdeci da Silva, 34 anos, foi morto a ti­­ros, na tarde desta quinta-feira (28), em um posto de combustíveis.

Segundo testemunhas, a vítima estava no carro de um amigo, quando dois homens se aproximaram numa moto e efetuaram vários disparos, que resultaram em oito perfu­­­­rações. A polícia investiga um pos­­­sível acerto de contas, já que ele era suspeito de ter participado de um assassinato em Carpina, na Mata Norte.

De acordo com informações preliminares, Ismael Valdeci da Silva já havia sofrido uma tentativa de homicídio no dia 4 de fevereiro deste ano, em Lagoa do Carro. Para escapar da ameaça, decidiu morar no Recife, no bairro de Jardim São Paulo. A delegada que investigará o caso, Andreia Me­­­lo, esclareceu que a vítima es­­­tava voltando de Car­­­pina, onde foi prestar depoimento sobre sua suposta participação no homicídio.

Ao chegar ao Recife, passou no Hospital da Restauração para fazer exames numa cirurgia que havia feito no braço. Ao sair do local, entrou em contato com um amigo e pediu uma carona. Durante o percurso, o amigo de Ismael, que conduzia o car­­­ro, precisou parar no posto de gasolina para esperar a esposa. Foi nesse momento que os atiradores apareceram.

Um documento encontrado no car­­­ro comprova que Ismael prestou depoimento em Carpina. No relatório, a vítima era apresentada como corretor de imóveis, dado ainda a ser investigado, segun­­­do a delegada. “Foram achados vá­­­rios cheques de alto valor. Não descartamos a possibilidade de a vítima ter realizado trabalhos de agiotagem. Há chances de ser um crime de vingança, a investigação seguirá por essa linha. Só poderemos confirmar algo quando o delegado de Carpina mantiver contato para juntarmos as informações”, explicou.

O crime pegou de surpresa moradores do bairro e funcio­­nários de posto de combustível. A aposentada Letícia Baltar, que mora há 30 anos no Espinheiro, estava assustada. “Estou até agora abismada, porque a violência está demais”, desabafou. O frentista do posto, Jucian Ferreira, ainda nervoso, relatou os momentos de pânico quando escutou os disparos. “Estou até agora assustado, trabalho aqui há dez anos e nunca vi algo parecido”, contou.

De acordo com o comandante do 13º batalhão, tenente-coronel Daniel Dias, há um ano e seis meses, nenhum homicídio havia sido registrado no bairro do Espinheiro. “Considerando as pesquisas, o Espinheiro é um dos bairros que registra menos homicídios no Estado e em todo país.

 

Folha Pe

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