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Após discussão, Alepe aprova divisão de área de proteção que seria impasse para Arco Metropolitano

JC Online

Após mais de 40 minutos de discussão, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou nesta terça-feira (14), em primeira discussão, a divisão de uma área de proteção ambiental no Engenho Jardim, no município de Moreno, na Região Metropolitana do Recife (RMR), que foi apresentada pela bancada governista como o último empecilho para que a Agência Estadual de Meio Ambientel (CPRH) aprove o início das obras do lote sul do Arco Metropolitano.

O debate teve início após a deputada estadual Priscila Krause (DEM) criticar a falta de tempo hábil para que os deputados conhecessem o projeto e pudessem fundamentar o seu voto. Em regime de urgência, a proposta foi enviada para a Alepe pelo governador Paulo Câmara (PSB) na última sexta (11). “Eu não posso abrir mão do meu zelo com as matérias que se votam nessa Casa”, afirmou a deputada.

A polêmica ganhou força depois que o deputado Aluísio Lessa (PSB) respondeu a parlamentar afirmando que o projeto atual corrige uma lei de 1986 sancionada pelo então governador Gustavo Krause, pai de Priscila. “Dia 28, a presidente (Dilma Rousseff) vai estar aqui no Estado e ela vai ser cobrada sobre essa obra”, revelou Lessa ao explicar o porquê do pedido de urgência para a votação.

“Para mim, não faz a menor diferença se o governador era Gustavo Krause, Roberto Magalhães, Miguel Arraes ou quem era”, reagiu a deputada, visivelmente irritada. “O fato de o governador na época ser Gustavo Krause não me dá a menor tranquilidade para votar esse projeto”, disse a democrata.

Priscila também fez questão de lembrar que pela justificativa do projeto a lei de 1986 estava correta e o que aconteceu foi uma supressão de vegetação no local.

O deputado Edilson Silva (PSOL) apoiou a colega. “Isso aqui é uma casa legislativa, não é um anexo do Palácio do Governo. E aí, me perdoem a expressão, mas eu estou pouco me linchando se Dilma vem dia 20 ou 30. Essa Casa tem autonomia em relação a isso. A presidente que espere”, argumentou.

No final, a própria Priscila Krause concordou em votar a proposta com a garantia de que antes da segunda discussão, o presidente da CPRH, Paulo Teixeira de Farias, e o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier (PV), iriam até a Alepe esclarecer a proposta. O acordo foi costurado pelos líderes do governo, Waldemar Borges (PSB), e da oposição, Silvio Costa Filho (PTB).

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