O Dia Mundial do Diabetes, lembrado em 14 de novembro, traz uma oportunidade de discussão sobre a saúde do paciente portador de Diabetes. Além dos cuidados com a alimentação, prática de atividade física e outros hábitos saudáveis, é necessária uma atenção especial à hidratação da pele, já que o excesso de glicose no sistema nervoso autônomo pode ressecá-la e deixá-la ainda mais frágil[1].
“Essa alteração ocorre porque este é o sistema que produz e controla o suor e o sebo. A insulina também é importante, pois ajuda no desenvolvimento dos queratinócitos (células da pele). Com essa produção acontecendo de maneira incorreta, a pele fica extremamente ressecada”, explica Dr. Luiz Turatti, MD, PhD, endocrinologia/diabetologia, doutor em Endocrinologia pela FMUSP e ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes – CRM:82009 SP. É importante destacar ainda que esse problema acomete os portadores de Diabetes tipo 1 e 2.
Além do descontrole do sistema nervoso, outro ponto de atenção é a desidratação dos portadores de Diabetes, pois é comum que esses pacientes urinem bastante para eliminar o excesso de glicose no organismo, causando perda de água.
“Para evitar que a pele fique desidratada, é importante atentar-se ao consumo de água e utilizar cremes hidratantes indicados para o tipo de pele mais seca e sensível, hipoalergênicos, livres de conservantes e sem fragrâncias ou corantes”, complementa o endocrinologista.
A falta de hidratação, porém, não é a única consequência do Diabetes na pele. A glicemia alta pode ocasionar ainda:
● Perda de sensibilidade;
● Cicatrização lenta;
● Infecções;
● Pé diabético;
● Acantose nigricans (doença na qual as regiões das dobras ficam escuras).
“Como a pele do portador de Diabetes é bem delicada, orientamos uma atenção especial na aparência da pele e nas lesões cutâneas e, caso tenha qualquer sinal de anormalidade, procurar imediatamente um dermatologista”, finaliza o especialista.