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Embaixada Carpinense

NOTA: Como nossa Embaixada Carpinense é rica em conhecimento de seus membros e muitos até literários, iremos começar uma série de artigos desses nosso Embaixadores. Vamos começar como um dos mais ativos e por sinal um dos Administradores: PAULO MELO

PELAS RUAS DA CIDADE – Texto de Paulo Melo –

Para se chegar a uma determinada rua, as vezes é mais fácil procurar pelo nome fantasia (apelido) do que pelo próprio nome da mesma. Eu por exemplo moro na Rua Lupercia Virginia de Melo, no Cajá, porém é melhor dizer que moro na 6ª travessa da Rua Capitão Osvaldo Freire ou simplesmente “Rua do Pé de Jaca” como é mais conhecida, pois num determinado trecho existe um canteiro central com um pé de jaca quase centenário, que  é visto por todos que se dirigem ao bairro do cajá.  Pois é minha gente, Carpina tem várias ruas mais conhecidas pelo codinome do que pelas discrições nas placas. Temos a Rua da Independência que apesar do nome bonito, é uma rua pequena, estreita e de casas simples, sendo conhecida como “Rua da Caixa D’Água”, pois no final da mesma encontra-se a sede da Compesa ao lado de uma enorme Caixa d’água. A Rua Adalberto Teobaldo de Freitas já foi Rua Santa Cruz, porém é popularmente chamada de “Rua do Bacalhau”. Estive conversando com o Senhor Tito, 101 anos de idade, que é morador mais antigo de lá existia um comerciante chamado Manoel que vendia salgados, charques, sardinhas em baldes, piabas e bacalhau. Para chamar a atenção da clientela Sr. Manoel pendurava um bacalhau na frente do estabelecimento, que era visto por quem passava por lá. No bairro de Santo Antônio tem a Rua Manoel Pereira de Moraes, na qual morava um cidadão de nome Manoel Maracujá, que possuía uma troça carnavalesca – “Seu Malaquias” – e por isso conhecida por “Rua do Maracujá”. A Rua Agostinho Bezerra fica no centro da cidade, e por ser uma rua estreita e escura, em dias de festas muita gente procurava um cantinho para descarregar as cervejas consumidas. Existia até uma fila de espera para “aliviar”. Não teve jeito, a rua ficou conhecida como a “Rua das Três mijadas”. Na Rua Tertuliano Augusto Santiago, no ano de 1950, o empresário Joaquim Ângelo de Farias, abriu uma fábrica de doce “Doces Praieira”, de lá prá cá a rua ficou chamada de “Rua de Quinca do doce”. Na rua Bernardino Caetano ficava a sede de um tradicional clube de futebol – Colonial Esporte Clube – a rua passou a ser chamada de “Rua do Colonial “e onde é conhecida até hoje. Bem pertinho fica a Rua Manoel Borba, onde ficava a sede do Clube Carnavalesco Uso Revoltoso, e que deu o codinome de “Rua do Urso”, bairro da Senzala. No bairro de Santo Antônio existia um grande roçado de mandioca com umas casas em volta, surgiram mais casas até que virou uma rua, chamou-se de Rua Bernardino do Campos, mas nem por isso deixou de ser conhecida de “Rua da Roça”. Na Rua Ester Batista Ramos, residiu um cidadão muito conhecido por todos, era o fotografo João das Cobras. Foi assim que a rua passou a ser chamada de “Rua de João das Cobras”. Não poderia deixar de falar da Avenida Getúlio Vargas, nossa querida “Rua das Tamarinas” ou “Rua dos Tamarindos”, por causa dos frondosos tamarineiros que ali existem até hoje. Essa avenida foi e é palco de momentos marcantes de muitos carpinenses. Lá residiam e ainda residem famílias ilustres da cidade, lá fica a agência dos Correios e Telégrafos, lá também  – abrindo a avenida – ficava a sede do saudoso Clube Lenhadores do Carpina, no finzinho da Rua – em tempos idos – a querida Escola Joaquim Olavo, nosso grupo escolar e hoje transformado numa escola de referência de gabarito, mais ainda ostenta o nome do grande educador carpinense “Joaquim Olavo”. Não esquecendo que foi até fundado um bloco lírico de nome “Flor dos Tamarindos”. A Rua José Azevedo Guerra, é curiosa pelo fato de nela existir uma bifurcação parecido com uma forquilha, dividindo-se em dois lados, como fossem duas ruas. Por isso ficou conhecida como “Rua do Bodoque” – Reside nela um grande Embaixador Carpinense: Expedito Paulo Santos. Subindo novamente ao bairro Santo Antônio, chegamos a Rua Mendes Martins. Na esquina dessa rua com a beira da pista (PE90), existiu por muito tempo, a venda (mercearia) de Dona Amélia, uma senhora conhecida por todos no bairro, dessa maneira até hoje a rua é chamada de “Rua de Dona Amélia”. Hoje existe um edifício pertencente a família, o qual é denominado de Edifício Dona Amélia, uma justa homenagem dada a mesma. Um pouco mais pra cima fica a Rua Ana Guerra, conhecida como a “Rua do Sol”- Segundo Senhor José Amaro, 75 anos, quando a rua ainda era um imenso descampado, quem olhasse para a vagem – existente na época- bem cedinho, via um lindo nascer do Sol e a tarde um pôr do Sol belíssimo. Continuando nosso passeio chegamos a Rua Nunes Machado, nela funcionou durante anos o Colégio Pio X – hoje escola municipal -. Ainda hoje é referencio como “Rua do Pio X”, assim como a Avenida Padre Rocha, conhecida como a “Rua do Salesiano”. Não poderia esquecer a querida “Rua Branca” como é conhecida a Rua João Batista de Carvalho, a qual começa ao lado da Igreja de São Sebastião. Em períodos Juninos a Rua Branca foi muito animada, mas por conta da Pandemia do Coronavírus, esse ano não teve sua tradicional arraia com muito forro pé-de-serra. Depois chegamos a Rua Tiradentes, homenagem ao Inconfidente Joaquim José da Silva Xavier. Nessa rua temos como ponto de referência a Cadeia Pública e o antigo baixo meretrício da cidade, e onde ficava vários cabarés, sendo o de Santa o mais frequentados – local frequentado por muitos sessentões da Embaixada – por isso é chamado de “Rua do Inferno”-  Certa vez ouvi alguém dizer que Carpina é uma cidade tão abençoada que até no inferno existia uma Santa. Para finalizar, temos a Rua Gercina Carneiro, numa justa homenagem a mãe de nosso querido professor e membro também da Embaixada Professor Leonilton Carneiro, essa rua é conhecida como “Rua do Lebre” – Na esquina mora nosso amigo Antônio Coelho Muniz, (Lebre) por isso veio a denominação de Rua do Lebre.  Não mais alongando ainda temos outras ruas como: Rua de Biu do Rádio; Rua da Estrelinha; Rua do Matadouro; Rua do Jasmim; Rua do Bodeiro; Rua da Rodoviária; etc., Bom pessoal, espero que tenham gostado do passeio por nossas ruas. Até a próxima.

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