JC- Sobe de dois para nove o número de mortes por chicungunha em Pernambuco. Conforme boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgado nesta terça (5), os casos foram registrados no Recife (5), em Jaboatão dos Guararapes (1), em Igarassu (1), em Vitória de Santo Antão (1) e em Timbaúba (1). Também foi confirmada uma morte por dengue em Caruaru, no Agreste. Dos 153 óbitos suspeitos pelas arboviroses (dengue, zika e chicungunha) notificados este ano, três foram descartados e dez confirmados. No mesmo período de 2015, houve 15 óbitos suspeitos e três confirmados por dengue.
“Vamos aprofundar as discussões para ver o que realmente está acontecendo e buscar soluções para minimizar esse índice de óbitos. Equipes do Ministério da Saúde também trabalham para isso. Sabemos que a dengue é mais letal, precisamos aprender mais sobre a chicungunha”, afirma a coordenadora do Programa de Controle de Arboviroses da SES, Claudenice Pontes. Ela destaca que as pessoas mortas por chicungunha têm faixa etária acima de 40 anos e que a doença pode se agravar havendo outras já existentes, como diabetes e hipertensão.
A coordenadora lamenta que, apesar de todas as ações e campanhas voltadas para o combate ao Aedes aegypti, as arboviroses ainda avançam. O número de municípios com risco de manter ou ter uma epidemia de dengue subiu de 84 para 91 e dos que estão em situação de alerta passou de 69 para 74. “A gente se sente impotente. Ainda não existe uma corresponsabilidade da sociedade”, diz. Já são 50.030 casos de pessoas que adoeceram com sintomas da dengue (7.232 confirmados e 5.755 descartados), em 183 municípios e em Fernando de Noronha. Isso representa um aumento de 35,19% em relação ao mesmo período de 2015, quando foram notificados 37.008 – 18.788 confirmados.
As notificações sobre chicungunha somam 15.332 casos de em 164 municípios. Desses, 340 foram confirmados e 423 descartados. Com relação à zika, são 7,9 mil casos em 136 municípios e em Noronha, sendo 16 confirmados e 124 descartados. Ainda houve registro de 166 casos de formas graves das arboviroses, com 22 confirmações e três descartes.
Quanto à microcefalia, o número de casos confirmados sobe para 129. Já são 1.846 notificações, entre 1º de agosto de 2015 a 2 de abril deste ano, das quais 303 foram confirmadas e 490, descartadas, por exames de imagem dos bebês. Também houve 26 casos de bebês natimortos e 22 que vieram a óbito logo após o nascimento, sem ter a microcefalia como causa básica de morte. Segundo o diretor-geral de controle de doenças e agravos da SES, George Dimech, os descartes tendem a continuar aumentando com novos mutirões para agilizar as avaliações. “Quanto às notificações vamos saber se houve redução após esse período mais crítico, entre abril e junho. É importante que as unidades de saúde garantam a notificação, seguindo o fluxo protocolar, e evitem acúmulo.”
