O governo do Estado planeja realizar um dos maiores investimentos da sua história em 2013. A estimativa é de um aporte de R$ 4,9 bilhões, segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA), enviada ontem à Assembleia Legislativa. Desse montante, R$ 2,6 bilhões serão emprestados principalmente pelo Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal (CEF). Em 2012, a projeção é de um investimento de R$ 4 bilhões.
Os empréstimos aumentam o grau de endividamento do Estado. “É um crescimento sustentável por causa da folga que temos no orçamento e do longo prazo para pagarmos esses financiamentos. As taxas de juros são baixas e isso traz pouco impacto no orçamento”, afirmou o secretário executivo de Planejamento e Gestão, Edilberto Xavier. Do total a ser emprestado, R$ 1 bilhão sairá de um financiamento com o BNDES e mais de R$ 1 bilhão do Banco Mundial.
Nos investimentos previstos para 2013, somente R$ 1,4 bilhão será gasto na área de infraestrutura, sendo R$ 1 bilhão em estradas, R$ 240 milhões serão empregados nas obras do Complexo Industrial e Portuário de Suape e R$ 233 milhões, em vários projetos. Em 2012, o Estado espera consolidar um investimento de R$ 1,18 bilhão em infraestrutura, sendo R$ 780 milhões em estradas, R$ 234 milhões em Suape e R$ 80 milhões na terraplenagem do terreno da montadora da Fiat, além de R$ 86 milhões em demais projetos.
Os outros investimentos que concentram mais recursos em 2013 são: R$ 1,1 bilhão em obras de mobilidade e habitabilidade, R$ 839 milhões em educação, saúde e segurança e R$ 951 milhões em obras de distribuição de água e esgotamento sanitário.A LOA prevê um aumento de 11% com gasto de pessoal. “Isso não é só aumento, inclui promoções e novas contratações”, disse Edilberto. Ele não informou qual o índice de reajuste colocado na lei, alegando que esse dado é calculado pela Secretaria de Administração.
Embora o País esteja em crise, o governo do Estado está trabalhando com um crescimento de 4% do PIB de Pernambuco para 2012 e 5% em 2013. O PIB mede todas as riquezas produzidas num determinado local.
Como consequência da crise, o PIB do Brasil não deve crescer mais que 2% este ano. “A crise não vai perdurar muito tempo. O Estado tem mostrado que possui uma dinâmica própria e não acreditamos numa desaceleração profunda das receita”, revelou Edilberto. Com a LOA, o governo do Estado encaminhou também a revisão 2013 do Plano Plurianual 2012-2015, que estabelece diretrizes orçamentárias para o Estado. Ambas devem ser votadas pela Assembleia até o dia 5 de dezembro.
