A situação do setor elétrico brasileiro motivou discurso da deputada Terezinha Nunes, do PSDB, nesta terça (22), em Plenário. Segundo a parlamentar, a Eletrobras passa por problemas devido à má gestão do setor no Governo Dilma, contenção artificial de tarifas e um grande número de medidas provisórias que agravam a crise.
Para a deputada, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) deixou de ser o motor do desenvolvimento nordestino. Na opinião de Terezinha, a presidente Dilma esvaziou o poder da estatal e transferiu os lucros para a Eletrobras, deixando a empresa na dependência de deliberações nacionais.
De acordo com a parlamentar, a presidente teria ordenado à companhia um corte brusco nas despesas com pessoal e transferiu para a Chesf, assim como para todas as estatais do setor, o custo da redução da conta de luz. A medida teria feito com que a empresa contabilizasse um déficit orçamentário de mais de cinco bilhões de reais em 2012.
Segundo Terezinha, sem recurso para investir e sem autonomia, a Chesf foi vetada em licitações. Ela comentou a alegação de que a estatal possui obras atrasadas e só poderá participar de processos de contratação se conseguir um parceiro que divida a responsabilidade na execução do empreendimento.
Terezinha acredita que, no momento, o futuro da empresa é imprevisível, e novos planos de demissão voluntária estão por vir, levando ao afastamento dos melhores técnicos do quadro da estatal.
Em aparte, o deputado Betinho Gomes, do PSDB, analisou que todo o sistema elétrico vem passando por um momento difícil, com a falta de planejamento e investimento. Tony Gel, do PMDB, acredita que o País já deveria ter racionamento de energia para suprir os custos de produção.
Para Diogo Moraes, do PSB, o Brasil deveria investir em energias renováveis, mas parou no tempo e assiste de camarote à falta de energia.
