Política

Aécio afina discurso com Marina, defende sustentabilidade e fim da reeleição

Julia Chaib– Correio Braziliense

 

Aécio Neves, entre José Serra e Geraldo Alckmin: nova política e sustentabilidade no discurso (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil)
Aécio Neves, entre José Serra e Geraldo Alckmin: nova política e sustentabilidade no discurso

 

O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, participou hoje do primeiro compromisso desta nova etapa da campanha. Em São Paulo, junto com o governador reeleito do estado, Geraldo Alckmin, e do senador eleito José Serra, ele visitou trabalhadores de construção civil em São Paulo. Com um discurso semelhante ao de Marina Silva (PSB), ele falou em “nova política”, “sustentabilidade”, defendeu a escola em tempo integral e disse concordar com o fim da reeleição, mas afirmou que a decisão não depende apenas dele.

“A minha candidatura, a partir desse instante, não é mais a candidatura de um partido político ou de uma coligação. A minha candidatura é a candidatura que representa um sentimento amplo de mudança que hoje permeia a sociedade brasileira”, disse.

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No momento em que briga pelo apoio de Marina, o candidato colocou favorável a algumas das exigências feitas pela ex-senadora para apoiá-lo. “E é isso que construiremos a partir desses próximos dias, com nossos compromissos cada vez mais explícitos no campo da sustentabilidade, no campo da melhoria da qualidade da educação, avançando sempre na direção da escola de tempo integral.”
Aécio também afirmou que concorda com a proposta de Marina de acabar com a reeleição e aumentar o mandato de presidente para cinco anos, mas ponderou que não é uma decisão a ser tomada apenas por ele. “Agora, essa é uma questão que não depende de mim. Essa é uma questão em que temos que respeitar o tempo e as discussões internas de cada um daqueles que se posicionaram em outra direção no primeiro turno”, disse. O senador tucano afirmou ainda que a presidente Dilma Rousseff desmoralizou a reeleição “com essa mistura sem limites entre o público, o privado e o partidário”.

Mesmo que defenda essa bandeira, caso seja eleito, ele disse não saber como ficará a definição sobre mais quatro anos de governo para o próximo presidente. “A questão desse [próximo] mandato em especial tem que ser discutida no Congresso por uma razão específica. Não estamos falando do fim da reeleição para presidente da República apenas, em que a decisão unilateral do candidato resolveria o problema”, completou. O candidato contou que conversou com o o candidato a vice-presidente de Marina na chapa, mas que foi uma conversa de “amigos”.

Encontro

Nesta quarta-feira (8/10), Aécio se reunirá com colegas do partido em Brasília para tratar do segundo turno. “Vamos fazer uma grande movimentação a partir de amanhã em Brasília para que a mobilização que houve no primeiro turno não diminua no segundo turno, ao contrário.”

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