Educação

Brasil tem a missão de instituir avaliação educacional na região

Foto: Reprodução

No dia 29 próximo, o Brasil assume a presidência pro tempore do Mercosul, hoje ocupada pela Argentina. Na área da educação, o ministro Aloizio Mercadante terá a missão de constituir comitê técnico para discutir a qualidade do ensino e a avaliação dos sistemas educacionais dos países da América Latina.

Os temas a serem debatidos foram definidos em agenda fechada pelas delegações dos países-membros do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) na última reunião de ministros, em Buenos Aires. Em 26 de outubro, especialistas vão participar, na capital argentina, de seminário regional sobre avaliação educacional.

Também está previsto encontro com o comitê do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), exame realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O objetivo é analisar os critérios da avaliação e o impacto da metodologia do Pisa na realidade educacional dos países latino-americanos.

Para Mercadante, o desafio da próxima presidência pro tempore do Brasil é aprofundar o processo democrático na América Latina e intensificar a integração por meio da circulação de conhecimento. “Há uma grande demanda por mobilidade para que se crie identidade e ocorra a circulação de pessoas, não apenas de mercadorias”, ressaltou.Na pauta do setor educacional do Mercosul, ainda neste semestre, consta também a busca por mecanismos que deem maior ênfase aos programas de intercâmbio de línguas e à inclusão de conteúdos de integração regional aos currículos escolares e à formação de professores. São ainda temas da agenda o esboço de um programa de bolsas de estudo, com ênfase no desenvolvimento científico-tecnológico, e o fortalecimento da mobilidade e do intercâmbio de professores da educação básica da região. A proposta é investir na troca de experiências e de práticas pedagógicas bem-sucedidas desenvolvidas nas salas de aula de cada país. Isso deve ser feito por meio da circulação de professores por localidades e realidades culturais diversas.

Está prevista ainda a criação de um banco regional de conteúdo audiovisual educativo para crianças e adolescentes, destinado a promover o intercâmbio e a circulação de material didático entre os países da região. Além do banco, será elaborada publicação periódica regional, de alto nível científico, sobre humanidades e ciências sociais.

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