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Redes sociais e cia

Nem cartinhas, nem recados; a sensação da moda são os e-mails, sites de relacionamento e bate-papo virtual. A mudança está em andamento há alguns anos e, a cada dia, só aumentam as novidades.

QUEPASA, Orkut, Twitter, Badoo, Facebook… conhece esses nomes? São páginas pessoais na web, o mundo mágico onde se penetra sem previsão de saída e se vive instantaneamente a sensação do contato (carinhoso ou não) com inúmeras pessoas, e fisicamente se estar só, muitas vezes sem chance de desfrutar  a vida real.

DE LADO esses insucessos, enumeramos os benefícios das redes sociais. Elas permitem a troca de experiências na web, muito válida na hora, por exemplo, de fazer compras virtuais. Uma pesquisa do Ibope Mídia aponta que uma em cada quatro pessoas leva em consideração ofertas de produtos indicados por seus contatos nessas redes.

A SEGURANÇA vem como uma espécie de aval e aí, nada de incansáveis visitas reais às lojas físicas. É possível também, namorar, lançar campanhas, jogar e uma infinidade de ações, bem distantes do gostoso prazer de viver.

NO CASO das conquistas amorosas, essas redes deram muita liberdade. Tornou, é claro, os enamorados mais robóticos. Mas nivelou ao mesmo patamar conquistadores imbatíveis e tímidos recalcados. Nas redes é mais fácil arriscar-se nas conquistas. Em alguns casos, nem há o perigo da exposição das intimidades do usuário, como no caso do MSN. Através dele, com um bate-papo reservado, mesmo tomando um “fora”, o internauta segue a vida de cabeça erguida, já que não teve de encarar frente a frente o (a) paquera.

DAÍ, a enorme diferença de outros tempos onde, para escapar de esculachamento direto, geralmente o homem recorria a investidas indiretas como bilhetes e recados por meio de terceiros, ou mesmo sinais discretos. Porém, as emoções fluíam, pois onde a dor manifesta-se mais, as ostes do amor afloram com maior vigor.

AS REDES suplantaram definitivamente o jogo da conquista, além das cartas cheias de saudações e palavras de afeto que chegavam seladinhas pelos correios e que, antes de serem abertas, aumentavam a ansiedade pelas notícias de parentes distantes. Hoje os correios só trazem contas.

ALÉM do distanciamento da vida real, as redes e cia trouxeram outro malefício: a deturpação da língua. As abrevições de palavras e a grafia errada constituem-se num problema grave para as futuras gerações.

A CRIANÇA, o pré-adolescente ou adolescente, ainda não totalmente alfabetizado, dispara a escrever, por exemplo, naum, ao invés de não; vc no lugar de você, pq substituindo porque, kd, como se fosse cadê, tb, também e por aí vai.

ASSIM insere-se na web uma “nova linguagem”, na verdade informal, perigosa ao ser acionada como forma de comunicar-se, não que não seja compreensível, mas danosa à língua de origem.

O USO controlado desses sites de relacionamento pode ser recomendável, desde que as famílias imponham limites aos filhos. Definir horário para estudar, brincar, passear e navegar na internet por curto período. Abrir mão do controle pode ser fatal. Na China, os jovens já tomam choques elétricos para reagir, já que ficam maior parte do dia diante da tela.

A OBSESSÃO por jogos e sites de relacionamento vai se transformando num mal para a sociedade, onde os jovens vão deixando de viver e, sem domínio das próprias vidas, padecem a cada dia diante dos olhos dos pais, agentes protetores, responsáveis por transmitir amor e ensinamentos essenciais para  que sejam seres humanos éticos.

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