Saúde

Cisam normaliza atendimento no Recife

Foto: Reprodução

Após uma semana sem funcionar inteiramente por conta da interdição ética do Conselho de Medicina de Pernambuco (Cremepe), o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife, deve normalizar o atendimento às pacientes grávidas nesta quarta-feira (4). A decisão sobre o fim da intervenção aconteceu na noite de terça-feira (3), depois de uma reunião entre representantes do governo do estado, da Universidade de Pernambuco (UPE), que coordena a unidade, e o conselho.

O atendimento foi suspenso na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) neonatal, por conta de problemas na estrutura e da constatação do quadro reduzido de profissionais. A situação foi verificada pelo Cremepe após vistorias realizadas nos últimos dias 23 e 26 de março. Durante a reunião, o governo, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, reafirmou um conjunto de medidas em curso que já tinham sido tomadas e estabeleceu metas para solucionar os problemas levantados.

No Recife, Cisam passa dia sem partos e atividades após intervençãoCremepe recomenda ‘interdição ética’ de maternidade do Recife“A decisão do Cremepe de acabar com essa interdição é por conta do compromisso do estado em dar continuidade às medidas que já vínhamos tomando; é um convencimento. Em relação às UTIs, o novo prédio já está pronto, faltam os equipamentos. Devemos estar finalizando num prazo de noventa dias”, justificou o secretário de Ciência e Tecnologia, Marcelino Granja. A nova construção terá a capacidade de abrigar sete leitos.

A estrutura física do prédio do Cisam também deve passar por melhorias no mesmo prazo de noventa dias. As principais necessidades encontradas estão nas telhas e nos sistemas hidráulico e elétrico. O governo abriu processo de licitação em caráter de urgência e, depois do contrato finalizado, um plano de reforma deve ser elaborado. “Temos que fazer esse plano da instalação elétrica e de água porque a unidade não pode parar; as coisas devem ser feitas por partes. Iremos apresentar o plano nesse prazo, podendo dar início às reformas antes”, contou o secretário.

O Cremepe reivindicava a contr’atação de mais médicos neonatologistas, uma especialidade fundamental numa maternidade de alto risco. Esses profissionais podem atuar nas UTIs, nas salas de parto de alto risco e nas UCIs. De acordo com Marcelino Granja, há uma dificuldade grande de encontrar essa especialidade no mercado.

“O governo já tinha iniciado o processo formal para a contração. Entretanto, contratamos, em caráter de urgência, 4 ou 5 médicos. Eles se prontificaram em ajudar e já devem iniciar o atendimento nessa noite [quarta], no primeiro plantão”, disse. A escala dos outros médicos também foi refeita para ampliar o atendimento.

 

*Com informações do G1 PE

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