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Frevo de bloco é homenageado no calendário estadual

Desde o ano passado, o dia 11 de outubro passou a ser dedicado ao frevo de bloco, graças a uma lei estadual baseada em projeto da deputada Teresa Leitão, do PT. Segundo a parlamentar, a criação da data festiva atendeu a um pedido do presidente da Liga dos Blocos Líricos de Pernambuco, Seronildo Silva. A intenção da lei é homenagear todos os blocos de orquestras de pau e corda, os filiados dessas agremiações e, ainda, reverenciar o carnavalesco, teólogo e professor Teodomiro Pereira, fundador do Bloco Flor da Lira, de Olinda. 

Teresa Leitão considera o frevo de bloco uma das mais poéticas expressões do gênero. Executado por uma orquestra de pau e corda, acompanhada por um coro feminino, o ritmo embala os blocos líricos e é chamado pelos compositores mais tradicionais de marcha de bloco.

Na justificativa do projeto de lei, a deputada explicou que a ideia de instituir o Dia do Frevo de Bloco surgiu após a Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) conferir ao frevo o título de Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade, em 2012. 

De acordo com Seronildo Silva, que também é diretor do Bloco Flor da Lira de Olinda, a data festeja Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e da liga. Ele lembra que, em todo o País, a santa é reverenciada no dia 12 de outubro, e os integrantes das agremiações escolheram a véspera do feriado para saudá-la ao som dos blocos, sem prejudicar as comemorações religiosas. 

Atualmente, 26 blocos fazem parte da Liga dos Blocos Líricos no Estado, mas a estimativa de Seronildo é de que o número seja muito maior, considerando os grupos do Interior. Para a presidente do Bloco das Flores, Jane Emirce de Melo, é importante o reconhecimento do gênero musical, principalmente partindo da Casa Joaquim Nabuco. Ela lembrou que a modalidade surgiu na década de 1920, integrando as mulheres da classe média ao Carnaval de rua do Recife. 

O primeiro bloco foi o das Flores, fundado por músicos, compositores e carnavalescos liderados por Felinto, Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon e Raul Moraes. Assim como ele, outras agremiações antigas como Madeira do Rosarinho (1926), Banhistas do Pina (1932) e Batutas de São José (1932), ainda estão em atividade.

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