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O Pôr do Sol por Testemunha 

Homenagem do Voz do Planalto ao Bicentenário da Independência, por Paulo Ferreira

– Independência ou Morte !!! 

Proclamou Dom Pedro I, espada erguida, de pé, inteiramente de pé no estribo de seu cavalo, cabelos revoltos, olhos fuzilantes, em um grito estridente, como se quisesse ser ouvido por toda a humanidade. 

E o império do Brasil, que se estendia do Amazonas ao prata, (a província Cisplatina, hoje Uruguai) naquele 7 de setembro de 1822, se tornava livre de Portugal. Agora, era uma nação independente. Porém, a pátria sentimental e espiritual já havia nascido antes, com as Batalhas dos Guarrarapes, a Revolução de 1817, a Confederação do Equador, a revolta dos Inconfidentes. Pode-se dizer que o Grito do Ipiranga foi gerado pelo orgulho nativista dos revolucionários. 

Voltando o tempo, anterior ao “descobrimento”, outros aventureiros puseram os pés aqui: irlandeses, fenícios, povos cárias, vikings, judeus e outros deram início à época civilizatória brasileira (na verdade, deveríamos ser chamados de brasilianos, pois brasileiros eram assim chamados os trabalhadores e traficantes do pau-brasil. Esta alcunha terminou denominando a todos que nasciam na Terra de Santa Cruz. Quem trabalha com ferro é ferreiro; com sapato, sapateiro; com cavalos, cavaleiros). 

Dentre os primeiros aventureiros, são Brandão falava na ilha Hy Brasil (terra abençoada, em ingles), Marco Polo já mencionava o pau-brasil . 

O rei Salomão, com toda a sua sabedoria, já tinha conhecimento do novo mundo. O templo de Salomão foi construído com madeira e ouro de um lugar distante de Israel chamado Ofir (I Reeis, 9:27;28).  Historiadores e pesquisadores sustentam energicamente que o Ofir bíblico eram terras que vieram a ser o Brasil. Entre outras provas consideram que o rio Solimões  (Solimons  é o  nome do rei sábio em hebraico), foi assim batizado em homenagem a Salomão pelos navegadores fenícios e judeus que estiveram aqui em busca de matérias preciosas para construção do templo. Salomão e Hirão, o construtor do templo e o fundador da maçonaria, conheciam muitos segredos relacionados ao continente americano (Abya Ayala, ou Terra em Flor, na língua dos ameríndios). 

 Outro fato que corrobora com essa teoria, é que Colombo era judeu. Tinha medo das perseguições que os judeus sofriam na época. Ele era maçon e entrou na História como náufrago, encontrado seminu numa praia de Portugal, que o acolhera. Foi com o mapa mundi, recebido de descendentes de Salomão, que convenceu os reis Isabel e Fernando sobre as terras do novo mundo cheias de ouro, muito ouro… (a história do ovo em pé). O ouro de Ofir é responsável pelas grandes navegações. E Colombo sonhava em reconstruir o templo de Jerusalém.  A palavra Carpina, por exemplo, é herança do idioma dos cárias, povos europeus que, juntos aos fenícios, vieram ao Brasil de antigamente. Francisco Pizon aportou no cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, antes de Cabral. Enfim, temos uma bela História. 

Nossa pátria tem algumas particularidades interessantes: o Brasil é o único país do mundo que tem certidão de nascimento, a carta de Pero Vaz. A bandeira do Brasil ostenta uma frase, na verdade , uma súplica; “Ordem e Progresso”. Mas, deve-se acrescentar amor, pois é o que mais nos falta ; tanto de certa parte da população quanto dos políticos.  Ordem , Progresso e Amor, a nova frase da faixa da nossa bandeira. E que dizer do céu do Brasil, tatuado pela divindade com o cruzeiro do sul. Seria a prova que Deus é brasiliano (dando asas ao imaginário popular)? 

Há 200 anos, ao cair da tarde, com a campina inundada de sol, que reluzia na espada de Dom Pedro, houve a proclamação da Independência. O sol, antes de partir para o oriente foi testemunha desse momento glorioso da nossa História.  A campina ondulada e pintada de dourado, próximo ao bucólico e poético riacho do Ipiranga, foi o palco desse grandioso espetáculo histórico.  

Mãe gentil serás sempre a pátria amada, como está consagrado em nosso hino. E não nos esqueçamos de nossos heróis, os patriotas do passado: Frei Caneca, Padre Roma, Leão Coroado, Cruz Cabugá… 

Hoje é o povo brasiliano que continua esta História… Sem espada e por todo o país, clamamos: liberdade (e sem ela não há democracia) e paz!!! 

Mas, na História da independência, Pernambuco, o Leão do Brasil, tem papel de destaque: somos o berço da nacionalidade e do Exército brasiliano. Na História da independência, Pernambuco tem papel de destaque. O primeiro grito da independência foi proclamado por um pernambucano, o capitão Pedro da Silva Pedrosa (coincidência que coube aos Pedro), em 6 de março de 1817. Sob o sol da tarde e após um embate entre militares portugueses e pernambucanos, ele irrompeu do quartel do Recife, no pátio do Paraíso (hoje cruzamento das avenidas Dantas Barreto e Guararapes), com uma espada na mão suja de sangue português, aos gritos: 

– “Patriotas Brasileiros, Viva a Liberdade!!! 

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