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Paulo Câmara lança licitação de R$ 50 milhões em Goiana

O Governo do Estado, através do Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE), lançou licitação para restaurar trecho de rodovia estadual, a PE-075, na Mata Norte.

O valor orçado pode chegar a até R$ 50 milhões, segundo o edital oficial.

O Governo do Estado, em anos anteriores, já tinha começado as obras, através de outras licitações, mas a obra foi paralisada, com reclamações da população local.

De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura, a obra pretende melhorar a “trafegabilidade e o desenvolvimento socioeconômico da região”. O trecho que está sendo restaurado tem 39 quilômetros de extensão, vai de Ibiranga até Goiana, no entroncamento com a PE-062, que passa por serviços de recuperação.

A PE-075 é muito utilizada para o escoamento da produção agropecuária daquela região, além de facilitar o transporte de veículos produzidos no polo industrial automotivo da Fiat e de empresas locais, no município de Goiana.

O edital para reconstrução da rodovia PE-075 foi lançado pelo Departamento de Estradas e Rodagem. A obra contempla o trecho que vai da entrada da PE-072, na cidade de Goiana até a entrada da PE-082, em Ibiranga, cidades localizadas na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Os serviços devem ser executados em uma extensão de 39,7 Km.

Segundo o edital oficial, a disputa entre as empresas ocorrerá em 11 de janeiro de 2021.

CAMINHOS DE PERNAMBUCO

Apesar de não haver informação oficial, a obra estaria dentro do chamado programa “Caminhos de Pernambuco”, lançado pelo governador Paulo Câmara (PSB) em maio de 2019.

Na época, o Governo do Estado prometeu gastar R$ 505 milhões para requalificar dois mil quilômetros em rodovias estaduais no primeiro ano de programa, ou seja, até maio de 2020.

A oposição, na Assembleia, duvidou “um pouco” do tamanho do programa.

Em outubro de 2019, o deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC) questionou as ações do Programa Caminhos de Pernambuco.

“Precisamos conferir o que está sendo feito e avaliar a qualidade do serviço, se é condizente ao preço que está sendo pago. Por enquanto, o que vemos são verdadeiros remendos que só deixam as vias ainda mais perigosas, um descaso com o dinheiro público”, lamentou.

 O parlamentar sugeriu, na época, a realização de uma blitz pela Bancada de Oposição para fiscalizar as obras já realizadas. A sugestão foi prontamente acatada pelo então líder do grupo, deputado Marco Aurélio (PRTB).

“Podemos ir além: devemos levar a denúncia ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público. Recapear asfalto com concreto não é fazer serviço mal feito, é um crime”, observou.

Outros deputados, na época, reforçaram as críticas ao programa.

“O Caminhos de Pernambuco não é para recuperar as estradas, ele visa ao marketing eleitoral do PSB”, disse Antonio Coelho (DEM), na época.Romero Sales Filho (PTB) apoiou o posicionamento dos colegas.“Fiz um pedido de informação sobre o cronograma das obras no dia 19 de agosto e, até hoje, não me enviaram nem o número do protocolo de recebimento do Governo do Estado”, reclamou Romero Sales Filho, na época.Segundo uma fonte no Estado, sob reserva, decorrido 19 meses do lançamento do Programa, não há ainda um balanço oficial do que foi executado no “Caminhos de Pernambuco”.

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