O processo de mudança de gestão dos três hospitais da Universidade de Pernambuco (UPE), iniciado no ano passado com a criação do cargo de superintendente do complexo e fim de eleições diretas para os dirigentes, foi concluído. Na próxima sexta-feira toma posse na administração do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) o médico Olímpio Moraes. O Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape) permanece sob o comando de Sérgio Montenegro, assim como o Hospital Oswaldo Cruz, que terá como diretor definitivo Bento Bezerra, no cargo há seis meses provisoriamente. Reabrir e ampliar clínicas, reforçar a equipe e melhorar a infraestrutura das unidades são as prioridades.
Os três dirigentes apresentaram planos de trabalho a um comitê de buscas e foram aprovados pelo Conselho Universitário na última quarta-feira, com aval de professores, estudantes e da reitoria. A representação dos servidores se absteve, por discordar do processo indireto de escolha. O vice-reitor, Rivaldo Albuquerque, explica que a gestão será de quatro anos, com avaliação anual do Conselho de Administração do Complexo Hospitalar.
Olímpio Moraes, 52 anos, irá substituir Fátima Maia, última diretora eleita diretamente para o Cisam. Ele é médico da maternidade há 25 anos e desde 1992 ensina na Faculdade de Ciências Médicas. “O Cisam precisa retomar o lugar que sempre teve. Está sendo subutilizado. Precisamos retomar as cirurgias ginecológicas, abrir o centro de parto normal, avançar na pesquisa e extensão”, observou. Ele espera contar com o apoio dos trabalhadores, professores, estudantes e da comunidade para mostrar que é possível ter um hospital universitário público com administração direta, sem necessidade de terceirização.
Sérgio Montenegro, no cargo há quatro anos, quer na nova etapa ampliar os serviços do Procape, com nova unidade coronariana. “Precisamos abrir uma sala vermelha na emergência, espaço com suporte de UTI, e fazer concurso para repor servidores que herdamos do Oswaldo Cruz e que agora estão se aposentando”, informou. Ampliar a vocação formadora também está nos planos, com abertura de novos cursos de residência. Bento Bezerra tem por desafio reabrir 67 leitos. “Nos próximos dias vamos abrir o Pavilhão Júlio de Melo e aguardamos a liberação de R$ 1 milhão da União para concluir a radioterapia”, informou. O Huoc está liberando leitos no Ovídio Montenegro e precisa repor servidores.
* Da equipe de Cidades, do Jornal do Commercio
