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Comissão técnica do Sport nega ter se precipitado nas escalações de Diego Souza e Ibson

Por Alexandre Arditti, do JC On Line

Quando seus dois reforços “midiáticos” chegaram ao Recife, na noite do último dia 12, o discurso da comissão técnica do Sport era de que eles só teriam condições de estrear após três semanas de “aprimoramento físico”. Isso porque, ambos vinham de longos períodos de inatividade. No entanto, a pressão por resultados fez com que o cronograma fosse antecipado. Passados 21 dias, Diego Souza e Ibson já estiveram em campo com a camisa do Leão por 127 e 143 minutos, nessa ordem. No último domingo (31), na vitória sobre o Criciúma por 2×0, na Ilha do Retiro, pelo Brasileirão, o primeiro deixou o campo no início do confronto reclamando de dores musculares. O outro não saiu do banco de reservas devido ao mesmo problema.

Após a partida, o técnico Eduardo Baptista foi bastante questionado sobre se teria ou não se precipitado ao promover as estreias de Diego Souza e Ibson. O treinador disse que sabia dos riscos e que fez tudo de forma “calculada”. O discurso do treinador foi endossado, nesta segunda-feira (1), pelo preparador físico leonino, Edvaldo Tacão. “Não houve qualquer precipitação da nossa parte. Fizemos todas as avaliações. Eles evoluíram fisicamente e estavam em boas condições para entrar em campo. Os problemas que apresentaram foram fatalidades”, afirmou Tacão.

Para o torcedor do Sport, no entanto, houve precipitação da comissão técnica em promover a entrada dos “midiáticos”. Pelo menos foi esse o resultado da enquete realizada neste portal (56% disseram “sim”). Dos dois, o caso que mais preocupa é o do meia-atacante Diego Souza. O jogador de 29 anos deve ser submetido, ainda nesta terça-feira (2) a um exame de imagem para diagnosticar se há ou não lesão e o grau dela. O departamento médico leonino se mostra bastante confiante na rápida recuperação dele, assim como acredita que Ibson estará à disposição de Eduardo Baptista na partida de amanhã, contra o Vitória, pela Sul-Americana.

“Qualquer atleta que está há muito tempo parado precisa de um tempo médio de seis semanas para entrar em um nível adequado para disputar uma partida. Antes disso, está mais suscetível a contusões”, comentou o preparador físico pernambucano Cadu Lins, do Instituto do Movimento, que é especializado na prevenção de lesões em atletas de rendimento. “O que acontece no futebol, infelizmente, é que a pressão por resultados obriga os treinadores a fazerem uso dos jogadores antes do tempo ideal”, completou.

Não é a primeira vez que o técnico Eduardo Baptista e sua comissão são questionados por ter acelerado a entrada de um ou outro atleta. Basta ver o que aconteceu com o volante Rodrigo Mancha, o zagueiro Ewerton Páscoa e o meia Régis, que se machucaram e voltaram a se lesionar logo após retornarem aos gramados. Para muitos, houve novamente precipitação. “Também foram casos de fatalidade. Fizemos tudo corretamente, dentro do protocolo, e eles acabaram voltando a se machucar. A bruxa anda solta aqui no Sport, só pode”, lamentou Tacão.

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